segunda-feira, 26 de março de 2012

O Homem e o Cosmos: A Conexão

Quem somos nós, Humanos? Que existência é a nossa? Além, muito além, de estudantes, médicos, agricultores, pintores, astrónomos, de atletas, de criativos, de curiosos, de filósofos, de amigos, amantes, quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Que lugar ocupamos no Universo, e, sendo completamente arrojado na questão, em que lugar e em que tempo, em que dimensão, somos no Cosmos?

Apenas agora começamos, Humanos, a perceber a constituição da matéria, a sua história, as suas caracteristicas e relações entre si. E é nesse conhecimento do Universo, nessa demanda pela luz, por fim, sobre a questão do "What?", do "O quê?", que conseguiremos e já conseguimos em parte, descobri quem somos.

Esta introdução foi feita para dar claridade a um assunto bastante interessante e que, do qual, espero que saia um fruto. Esse fruto, para quem ler este artigo, será uma pergunta retórica, uma questão existencialista, da qual sairá uma mensagem simples: O Cosmos somos nós, O Cosmos habita em nós.

Como? Quando falamos de Cosmos(Tema batido imensas vezes neste blog devido à importância do mesmo face a si mesmo e, logo, a nós Humanos) falamos obrigatoriamente de Tudo. Esse Tudo é Tudo o que existe, a Ordem como existe, a Forma que tem Toda a existência. Nesse Tudo há espaço para Nós, Humanos, e Desse Tudo, não poderemos escapar. Isto porque nós Somos! Ao Sermos, inserimo-nos no Cosmos porque o Cosmos É, e não só É como é a própria Existência. Poderá ter várias Espacialidades, várias Dimensões, várias Temporalidades, vários Universos, o Cosmos é nos um mistério se quisermos ver Nele um todo. Mas não é um mistério quando, em crianças, tropeçamos numa pedra, na nossa actividade desatenta, e caímos contra o chão. Não é um mistério quando, ao existirmos, vemos o Tempo a passar. Nem sequer é um mistério quando a pessoa que amamos sorri para nós. Porque Tudo é o Cosmos, porque Tudo obedece às Leis do Cosmos, porque Nós, eu e tu, somos o Cosmos.

Ora, fisicamente, somos um Universo nós próprios. Milhões e milhões de seres-vivos compõe-nos, vivem em nós, são eles próprios, em conjunto, nós! E todas as células que existem em nós são por sua vez compostas por milhões e milhões de átomos, reunidos em partículas, em construções. E mesmo dentro desses átomos, há uma variedade de partículas sub-atómicas que compõem o que compõe o que nos compõe.
Como somos divisíveis! E aliás, quem somos nós afinal? Quando aquilo que pensamos ser uma unidade, A Unidade, nós próprios, é, no fundo, uma multiplicidade de células, de vida, de átomos, de matéria. Quando eu penso o que escrevo neste blog, quem pensa na realidade? Eu? Ou os milhões de seres que, quase como numa república, numa democracia ideal, individualmente constituem o meu ser?

Outra questão nesta demanda pela boa conceptualização do nosso ser é algo do qual nos esquecemos ou nunca pensámos sequer... Somos compostos por Oxigénio, Carbono, Hidrógenio, Azoto, Ferro... Enfim, não irei citar todos, pois são dezenas de átomos diferentes. No início do nosso Universo existia apenas uns átomos básicos (Hidrogénio e Hélio), os elementos mais simples. É nas estrelas que estes elementos dão origem a outros atomicamente mais pesados através dos processos nucleares decorrentes no núcleo estelar. Ora, quando uma estrela explode para o espaço, liberta enormes quantidades de matéria mais pesada. Essa matéria agrupar-se-á numa nebulosa que colapsará sobre si e criará estrelas e planetas. e nesses planetas surgem então, possivelmente formas de vida apartir de elementos orgânicos, formados de matéria pesada . Então a conclusão é quando apertamos a mão a alguém, estamos de facto a apertar a mão a algo que veio de uma estrela. Aliás, nós vivemos num corpo que é materialmente proveniente de uma estrela gigante vermelha que desapareceu antes de o Sol se formar!

Nós somos material das estrelas! É de lá que nós viemos!
Então há uma conexão entre mim e o maior filósofo, entre mim e o presidente do país mais rico, entre mim e o maior assassíno, entre mim e aquela oliveira pela qual passo todos os dias para ir para a Faculdade, há uma conexão entre mim e as pedras daquele muro tosco que observo ao vir da Faculdade, as montanhas, os rios, as nuvens, todo o planeta! Há uma conexão entre mim e o Sol! 

Isto dá-me um alento enorme, uma espécie de sensação de igualdade, de horizontalidade em toda a minha existência e co-existência. No fundo, somos todos irmãos! No fundo somos todos feitos do mesmo! E no fundo, somos todos, nós Humanos, indiscritivelmente pequenos, no oceano imenso que é o Universo. Nem somos de considerar na vastidão multifacetada do Cosmos! Não somos nada, mas somos iguais, somos todos Irmãos

Esta é a conclusão que quero que tiremos todos quando nos perguntamos à cerca de quem somos nós: O Cosmos somos nós, O Cosmos habita em nós.

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